Travessia das Laranjeiras até Cajaíba em Paraty



O ponto de partida é o bairro de Laranjeiras, em Paraty, onde chega-se de carro (há um estacionamento no local) ou ônibus. A poucos passos dali a trilha já entra na mata e começa a aventura. A trilha Laranjeiras-Pouso da Cajaíba é cheia de subidas e descidas e exige um pouco de preparo. Mas há recompensas. Quando menos se espera, surgem mirantes com vista de tirar o fôlego e praias desertas. Eu fiz o trekking em março. As temperaturas estavam amenas, mas ainda sim calor.
Tenho que dizer que essa é uma das trilhas mais bonitas que já fiz. Me impressionei muito com a paisagem e o astral do lugar.


Essa parte do litoral de Paraty, no sul do Rio de Janeiro, é cercada de montanhas e isso dá um charme (e dificuldade) a mais para o roteiro. No primeiro dia, o trecho a ser percorrido é de Laranjeiras a Galhetas, onde paramos para o pernoite em uma casa de pescador muito bem arrumadinha com direito a jantar caiçara. São cerca de 4 horas de trekking nesse primeiro dia, com tempo de sobra para descansar nas praias encontradas pelo caminho (Sono, Antigos e Antiguinhos) e fazer lanche debaixo de uma árvore à beira-mar.


PRAIA DO SONO





 PRAIA DOS ANTIGOS



PRAIA DOS ANTIGUINHOS



GALHETAS



Cabana de frente para o mar em pernoite no meio do mato



SEGUNDO DIA: GALHETAS - POUSO DA CAJAÍBA

Revigorados, iniciamos o segundo dia de caminhada, muito mais puxado. São cerca de 8 horas de trilha, com muitas subidas. Levamos água, mas há nascentes fresquinhas pelo caminho.


Logo de cara fomos agraciados com a pequena Ponta Negra, um vilarejo de pescador. Apenas apreciamos a belezura porque ainda havia muito chão pela frente.


Mata adentro, uma trilha estreita nos levou até um dos pontos mais altos de todo o trekking para, então, descer para a praia mais isolada do percurso: Martim de Sá. É a última parada até o destino final: Pouso de Cajaíba, uma vila com mais estrutura, opções de hospedagem e restaurantes simples.


Pouso da Cajaíba

Nós chegamos a esse ponto quase no fim da tarde e famintos e exaustos. Lembro até hoje da única barraca de pescador que estava aberta e onde tinha para vender apenas um pão de pizza. Não sei se era a fome ou se o tal do pão de pizza era realmente espetacular. A verdade é que nunca mais me esqueci daquele lanche caprichado no queijo e tomate.

A volta para Paraty foi num barquinho de pescador, reservado com antecedência, com direito a colchão e céu estrelado.


Nós fizemos a trilha em duas pessoas mais o guia. Deixo aqui os contatos dele, a quem interessar:
Herrmann Schmidt (12) 3833-2121 ou ubalito@terra.com.br


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